Somos treinados a ser seguidores e não líderes. Somos treinados para seguir linhas de pensamento e não ter pensamento crítico. E isto gera, muitas vezes uma sensação de ir à deriva. Sem objetivos, sem metas, sem um propósito! Entramos no mercado de trabalho e não fazemos um planeamento financeiro pessoal com o que pretendemos atingir a médio e longo prazo. Não controlamos gastos nem rendimentos. E muitas vezes, ficamos na zona de conforto de uma fonte de rendimento. Se um dia, essa fonte de rendimento termina, deitamos as mãos à cabeça e desesperamos!
Há uma mentalidade incutida na cultura da sociedade em afirmações perigosas que se vão espalhando. Veja lá se nunca ouviu expressões como:
1 – “Dinheiro não traz felicidade!”;
2 – “Dinheiro é a raiz de todo o mal.”;
3 – “Os ricos tornam-se ricos à custa dos pobres.”;
4 – “Só ganha dinheiro quem tem dinheiro.”;
5 – “Investimentos é coisa de ricos!”.
Se costuma falar ou já ouviu alguém próximo dizer isto, fuja! Leu bem: Fuja! As maiores limitações para ter o controlo das suas finanças começa na mentalidade que tem a respeito do tema.
Então está na hora de parar e fazer o seu plano. Primeiramente, organize e entenda quais os seus gastos e rendimentos mensais. Esse é o primeiro passo para controlar a sua vida financeira. Coloque o hábito de separar mensalmente um valor. Esse valor vai servir para:
1 – Pagar dívidas primeiramente (se as tiver);
2 – Iniciar o seu fundo de emergência (que varia de pessoa para pessoa mas que na sua base tem o seguinte pensamento: “se me acontecesse algum problema e eu deixasse de ter as minhas fontes de rendimento, qual seria o prazo que eu precisaria para me organizar e estabelecer um plano para voltar ao ativo?”.) A pandemia foi (e é) um bom exemplo disso. Tem pessoas que precisam que o valor de emergência corresponda a 6 meses dos seus custos fixos mensais. Tem pessoas que precisam que ele corresponda a um ano. É algo que deve ser personalizado e responder às suas necessidades;
3- Começar a investir em formação. Escolha um investimento e estude sobre ele. Entenda os prazos de rentabilidade. Entenda o seu perfil de investidor. Entenda os seus interesses;
4 – Comece a usar esse valor para investir! Coloque o seu dinheiro a trabalhar para si! Chama-se a isso ter uma fonte de renda passiva! Chama-se a isso a “ÁRVORE DAS PATACAS”.
Os investimentos não trazem resultados imediatos mas lembre-se sempre deste conselho: Se eu correr atrás do FRUTO (SOLUÇÃO IMEDIATA), vou comer e resolver o meu problema no imediato. Sou a pessoa que vive de salário em salário, sem perspetiva do futuro. Se eu GUARDAR e correr atrás da SEMENTE (procurar poupar e planear onde vou “semear” o que poupei), vou estar à frente da maioria da população mundial e trabalhar para um dia, alcançar a minha independência financeira (ter condições para sustentar todos os meus gastos fixos para a vida). Que o propósito seja sempre trabalhar por gosto e não por obrigação!